O começo Toda história tem um começo, e esta longa história de viagens, em um tempo sem internet , teve início em minhas incursões, aos 13 anos, no início da década de 1980, à Sorocaba, onde m eu tio tinha um sítio. Era uma outra época, sem muitas preocupações com segurança, e éramos mais livres. Esse tio, já falecido, comprou um outro sítio em uma cidade próxima chamada Cesário Lange, e costumávamos visitar o local. Numa dessas visitas, ao retornar, o pneu da caminhonete dele se desprende e vai pro mato. Sem pestanejar, ele para um outro carro, pede carona e me coloca dentro do veículo de estranhos e fala para eu trazer meu primo com determinadas ferramentas. Esse veículo, pilotado por estranhos, era uma outra caminhonete com dois malucos dentro, de óculos escuros, e que de imediato ofereceram a carona. Nem pensei e entrei. No meio da viagem, os caras encostam o carro no acostamento e, pelo que me lembro, ali minha ficha caiu. Dois jovens estranhos com uma criança estranha a ele
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Ahhhh, Juquehy….. Durante algum tempo, continuamos indo a Juquehy para surfar. Acampávamos na praia, algumas vezes fomos acampar no rio, logo na entrada da cidade. Outras pessoas acampavam lá também, mas era longe do local das ondas, do outro lado da praia. Decidimos, então, procurar outro lugar para acampar. Encontramos a dona Luzia, ali perto do canto das ondas. Dona Luzia era uma senhora que tinha essa casa com um grande quintal na frente. Hoje o local está tomado por condomínios. Ela falava com sotaque diferenciado, podia ser uma variante caiçara. Ela não falava ‘barraca’, ele falava ‘baraca’, ou melhor, ‘baraquinha’. Pagávamos a ela o uso do terreno para acampar, mas não tinha nada além disso. Como não tínhamos água e nem banheiro, usávamos a ducha do chuveiro da piscina do Hotel Timão, e o banheiro também. No final da tarde, entrávamos pelo lado do hotel e tomávamos um banho rápido na ducha. Como, ocasionalmente, tomávamos café da manhã no hotel, o pessoal de lá já nos conhecia e
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El Peru Em 1987, fomos surfar no Peru, inicialmente por 45 dias, mas estendemos para 60. Um bodyboard e uma roupa de mergulho velha, uns 500 dólares no bolso para 45 dias, a passagem de volta. Um grupo de 6 pessoas, que depois virou 4. Lima foi um choque de realidade, naquela época, de como São Paulo, Rio, Salvador, o Brasil era desenvolvido, e reclamávamos. Mas foi lá que consegui o meu primeiro material físico dos Ramones, porque no Brasil os importados eram muuuito caros, e lá comprei umas fitas piratas numa loja. Fitas, tipo cassete, fita porque era fita mesmo, e aquela porra quando desenrolava das bobininhas, tinha que rezar para não perder. E quando o ‘gravador’ mastigava? Anos depois, ganhei um gravador que tinha 2 compartimentos para tocar as fitas e que passava de fita para fita. Piratão. Em Lima, as ilhas entre as pistas das avenidas, tinham um buraco no chão, tipo cova, e ali rolava uma oficina mecânica. Espanhol é outra língua kkkkk claro, mas na frente dos restaurant
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La festita de octubre Tudo tinha início, nesta época, no SPAC, o clube dos ingleses, ao lado de minha casa. Apareceu um gerente, um alemão de no me Fischer muito rígido, mas que tinha um filho legal, o Peter. O Peter nasceu no Peru e falava um português embolado. Certa vez, ele se apaixonou por uma babá que trabalhava na rua do clube, de nome Gerusa, e , Bêbado, ficava gritando embaixo do prédio que ela morava ‘Xeruça, venir abaajo’. Xeruça kkkkkk Então, o Peter era parente de uns caras que tinham, ou tem um hotel em Balneário Camboriu, em Santa Catarina. Na época do OktoberFest ele deu a letra de que poderíamos ficar no hotel e ir pra festa. De imediato, lotamos meu golzinho. Eu , minha namorada Andrea, o Peter e o Lelo. Neste golzinho, anos depois, foi me oferecido um terreninho em Maresias, no Canto do Moreira, que recusei. E não falo mais nisso. Nunca mais. Pegamos a Régis e chegamos em balneário. No hotel, que estava lotado, nos informaram que teríamos que acampar no salão d