O começo

Toda história tem um começo, e esta longa história de viagens, em um tempo sem internet , teve início em minhas incursões, aos 13 anos, no início da década de 1980, à Sorocaba, onde m eu tio tinha um sítio. Era uma outra época, sem muitas preocupações com segurança, e éramos mais livres.

Esse tio, já falecido, comprou um outro sítio em uma cidade próxima chamada Cesário Lange, e costumávamos visitar o local. Numa dessas visitas, ao retornar, o pneu da caminhonete dele se desprende e vai pro mato. Sem pestanejar, ele para um outro carro, pede carona e me coloca dentro do veículo de estranhos e fala para eu trazer meu primo com determinadas ferramentas. Esse veículo, pilotado por estranhos, era uma outra caminhonete com dois malucos dentro, de óculos escuros, e que de imediato ofereceram a carona.

Nem pensei e entrei. No meio da viagem, os caras encostam o carro no acostamento e, pelo que me lembro, ali minha ficha caiu. Dois jovens estranhos com uma criança estranha a eles dentro do carro, naquela parada no acostamento , me dei conta que algo errado não estava certo. Eles desceram, olharam para mim e falaram: ‘tem muito milho ali e o dono não vai se importar em nos dar alguns’. Eles desceram, ambos com óculos escuros, e encheram a caminhonete de milho. Milho roubado.

a viagem seguiu, me deixaram bem próximo à casa de meu primo, conseguimos retornar e consertar o carro, voltamos todos juntos, mas aali foi a minha primeira grande lição sobre viagens: Segurança é tudo!

Passados 50 anos desse caso, após tantas andanças roots por aí, sempre me lembro do quesito segurança, que é o mais importante para que novas e novas aventuras aconteçam.

Espero que gostem de minhas histórias!

The beginning

Every story has a beginning, and this long travel story, in a time without the internet, began with my incursions, at age 13, in the early 1980s, to Sorocaba, where my uncle had a farm. It was another time, without much security concerns, and we were freer.

This uncle, now deceased, bought another place in a nearby town called Cesário Lange, and we used to visit the place. On one of these visits, upon returning, the tire of his truck comes off and goes into the woods. Without blinking, he stops another car, asks for a ride and puts me inside the vehicle of strangers and tells me to bring my cousin with certain tools. This vehicle, driven by strangers, was another truck with two crazy people in it, wearing sunglasses, who immediately offered a ride.

I didn't even think about it and went in. In the middle of the trip, the guys pull the car over to the side of the road and, as I recall, that's where my penny dropped. Two young strangers with a strange child inside the car, at that stop on the side of the road, I realized that something was not right. They came down, looked at me and said: 'there's a lot of corn there and the owner won't mind giving us some'. They got out, both wearing sunglasses, and filled the truck with corn. Stolen corn.

the trip continued, they left me very close to my cousin's house, we managed to go back and fix the car, we all came back together, but that was my first big lesson about travel: Safety is everything!

After 50 years of this case, after so many roots wandering around, I always remember the safety issue, which is the most important thing for new and new adventures to happen.

Hope you like my stories!

 















A Grande virada

Minhas aventuras continuaram nos sítios de meu tio, sempre viajando com ele ou com meu primo e seus amigos de Santos. Também visitava o pessoal em Santos, uma vez cheguei a descer de trem para o litoral. Pouco tempo depois disso, em meados da década de 1980, as viagens de trem à baixada santista cessaram.

Mas por volta de 1985 ou 1986, aconteceu a grande virada. Eu tinha 17 para 18 anos e uma vontade doida de surfar e viajar. Até que meu amigo Rony apareceu com uma ‘nova invenção’ surfística: uma prancha de bodyboard. A partir dali, tudo mudou em minha vida.

Em nossa primeira viagem ao litoral, fomos para Juquehy, distrito de São Sebastião, pela recém inaugurada rodovia Rio-Santos. Acampamos na praia, em frente ao pico, acampamento selvagem, sem problema algum. Peguei a prancha de bodyboard, emprestada de um outro amigo, entrei no mar, umas ondinhas bem formadas e tranquilas, olhei para aquele morro todo verde de mata atlântica, a ilhota ali ao lado do pico das ondas. Naquele momento decidi que era o que eu queria para minha vida.

A partir dessa experiência ( e uma experiência muda tudo na vida da pessoa, que é o que eu tento proporcionar a minhas filhas, novas experiências em diferentes lugares), minha rota estava traçada, e não teria retorno, afirmo isso com segurança quase 40 anos depois.

A trilha sonora dessa época eram bandas novas como The Smiths, Echo and the Bunnymen, Oingo Boingo, com pitadas dos clássicos Black sabbath, Deep Purple e AC/DC.

Long live Rock and Roll!!!

The Great Turn

My adventures continued at my uncle's farms, always traveling with him or with my cousin and his friends from Santos. I also visited people in Santos, once I got to go down by train to the coast. Shortly after that, in the mid-1980s, train travel to the Baixada Santos ceased.

But around 1985 or 1986, the big turning point took place. I was 17 to 18 years old and had a crazy desire to surf and travel. Until my friend Ron came up with a surfing ‘new invention’: a boogie board. From then on, everything changed in my life.

On our first trip to the coast, we went to Juquehy, district of São Sebastião, along the recently opened Rio-Santos highway. We camped on the beach, in front of the peak, wild camping, no problem at all. I took a bodyboard board, borrowed from another friend, went into the sea, some well-formed and calm waves, looked at that green hill of Atlantic forest, the islet there next to the peak of the waves. At that moment I decided that was what I wanted for my life.

From that experience (and an experience changes everything in a person's life, which is what I try to provide my daughters, new experiences in different places), my route was set, and there would be no return, I can safely say this for almost 40 years later.

The soundtrack of that time were new bands like The Smiths, Echo and the Bunnymen, Oingo Boingo, with hints of classics Black sabbath, Deep Purple and AC/DC.

Long live Rock and Roll!!!






 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog